Em tempos de pandemia de COVID-19, veja dicas para conviver bem com a família e manter a saúde mental

Como manter a saúde mental durante o período de isolamento social em decorrência da pandemia de COVID-19? O que fazer com as crianças? E como fica a educação, com a suspensão das aulas? Quais valores e sentimentos devem nortear a vida em uma fase de incertezas e recolhimento?

Para ajudar na reflexão sobre esses e outros pontos, a equipe do Sistema GGE de Ensino conversou com o professor e pesquisador sobre saúde emocional Hugo Monteiro Ferreira (foto). O bate-papo marcou a estreia do podcast do sistema, que pode ser ouvido no player a seguir.

Na entrevista, o especialista comentou que, diante da necessidade de isolamento social, as pessoas têm reagido com medo, pânico e insegurança.

Elas estão sendo colocadas diante do espelho, obrigadas a olhar para si mesmas, ficar sozinhas… Isso tem sido difícil para quem está acostumado a viver fora de casa. As casas, de maneira geral, ficaram menores ao longo das décadas, e os momentos de convivência foram deslocados para os espaços coletivos. Como estão proibidas de usar esses espaços, as pessoas ficam isoladas em apartamentos pequenos, o que favorece o medo, a insegurança, o pânico, essas emoções mais negativas”, comenta Ferreira.

Para o pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco, uma das formas de conseguirmos conviver bem durante o isolamento é fazer o possível para respeitar as individualidades e conviver com os temperamentos, com as formas de vida de cada um. “É importante estabelecer acordos coletivos, viver em cooperação e não em competição”.

Confira 10 dicas do professor Hugo Monteiro Ferreira para viver melhor durante o isolamento social.

  • Seja gentil diante da intensificação da convivência. Não esqueça de usar expressões simples de cortesia, como “obrigado”, “por favor”, “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”.

  • Forre sua própria cama, tome a frente das tarefas domésticas, sobretudo se não tiver esse costume.

  • Invista no diálogo, evitando situações de estresse. Deixe de lado as diferenças para conviver com tranquilidade, respeito, solidariedade e harmonia.

  • Use menos o smartphone e invista na convivência com seus familiares. Procure se divertir.

  • Mantenha horários para dormir e acordar.

  • Oriente crianças e adolescentes a continuarem com uma rotina de estudos durante o isolamento.

  • Busque ocupar a mente e o corpo, inclusive com jogos que estimulem a interatividade.

  • Explique para as crianças o que está acontecendo de maneira clara, mas sem alarmismo.

  • Dedique-se a cuidar da casa, a reorganizar os espaços.

  • Tem diaristas, babás, jardineiros? Faça o possível para liberá-los para se isolarem em suas casas, mantendo a remuneração.

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