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Para entender melhor o contexto social e os aspectos emocionais ao longo dos últimos anos, Guilherme Davoli convidou os participantes do webinário para uma viagem no tempo. Instigou o olhar para trás e, ao observar 2019, o palestrante trouxe à tela o caos. O fato é que 2020 não foi um ano difícil apenas pela pandemia, mas já trazia em seu planejamento inicial uma programação voltada para os preocupantes dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde. A OMS, de acordo com levantamentos de anos anteriores, alertava o mundo para o aumento significativo de transtornos mentais, com destaque para quadros comuns de depressão e uso de ansiolíticos entre crianças e adolescentes.
Davoli sinalizou que, mesmo antes da disseminação do coronavírus e do confinamento obrigatório, as pessoas já buscavam, por livre e espontânea vontade, o isolamento. A troca de experiências comum entre os que vivem em coletivo, aos poucos, desaparecia. A partir dessas reflexões, o psicoterapeuta provocou a ideia de que retorno ao normal é um anseio da atual crise sanitária que vivemos. No entanto, o colapso emocional é anterior à chegada da Covid-19.
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Educação na pós-pandemia: como estimular o convívio social outra vez
Com o tema Contágio Emocional na Educação, Guilherme Davoli permeou diversos pontos relevantes para a condução do ano letivo 2021. Entre eles, a necessidade de controle do mundo, pontuada pelo exemplo dos smartphones em mãos. Pessoas controlam com quem querem se relacionar, quais mensagens vão responder, que contatos irão deletar. Assim seguem a arriscada manobra de exclusões em suas vidas.
Segundo Davoli, esse é um aspecto que deve ser trabalhado nos estudantes. “Não temos o controle de tudo”, afirmou. O psicoterapeuta destacou ainda a importância do relacionamento entre pessoas diferentes para a assimilação de experiências que nunca foram vividas e são aprendidas através da troca. É a inter-relação que capacita em termos de conhecimento e convívio. Como exemplo prático, fez referência ao colaborador que sugere ideias, troca experimentos, traz o novo de alguma maneira, exercita a atitude de ser humano.
Citando Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional, conhecido em especial pela sua teoria das inteligências múltiplas, Davoli sugeriu que para mudar o mundo, antes deve surgir a vontade de buscar formas de melhorias: “As ferramentas estão no ambiente de escola, que dá ferramentas para interpretar o mundo lá fora”, completou.
O webinário Contagio Emocional na Educação traçou uma perspectiva sobre o mundo presencial e digital, e Guilherme Davoli pode reforçar com professores e gestores a importância da paciência para compreender o que acontece em nossa volta. Afinal, é preciso questionar: o que aprendemos enquanto educadores e gestores em 2020? Muito mais do que trabalhar com tecnologias, tivemos que reaprender a própria linguagem no cenário desafiador.
Daqui para frente, fica a necessidade de estimular habilidades para desenvolver a linguagem de 2021 e intensificar a interação entre pessoas: “A escola prepara as pessoas para um mundo de competição, mas hoje, sobretudo, existe a necessidade de preparar para um mundo de colaboração, que traz o caráter mais humano”, concluiu o palestrante.
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