Capacitar os professores, estimular o protagonismo dos estudantes e contar com um bom material didático são importantes para que o processo de aprendizagem aconteça de forma eficaz. No entanto, a aprendizagem é ampla e envolve diversos fatores que precisam ser levados em consideração. Por isso, é fundamental investir em estratégias que estejam alinhadas com questões como idade, maturidade e vivência dos estudantes para melhorar o desempenho. Além disso, é importante que a escola conheça o perfil do aluno, o que ele busca e qual linguagem deve ser utilizada dentro da realidade de cada comunidade escolar.
“Precisamos conhecer os nossos alunos, o que pode aguçar o olhar deles, o que os fazem se sentir mais motivados na hora de aprender. É importante entender quais as melhores estratégias para cada faixa etária. Hoje em dia, as informações são muito rápidas e muito imediatistas. Então, a escola precisa entender o que vai gerar atenção daquele aluno ou aluna para, a partir daí, definir estratégias que estejam alinhadas a essa percepção, à maturidade, ao que eles vivem e veem, fazendo com que o que a gente esteja dentro do cotidiano, do que o estudante vive na prática”, avalia o gerente executivo do Sistema GGE de Ensino, Leonardo Siqueira.
Embora exista o preconceito de que a tecnologia acabe tirando a atenção dos alunos, Leonardo defende que as ferramentas tecnológicas fazem parte do contexto do estudo e devem, sim, ser utilizadas como estratégia para melhorar o aprendizado do estudante, mas que é preciso saber lidar.
“É importante fazer uma curadoria, procurar maneiras para que o aluno utilize de modo a melhorar o seu rendimento escolar, suas percepções. Nesse caso, é importante que a família acompanhe e que a escola defina quais estratégias tecnológicas podem ser usadas no dia a dia dos estudantes”,
afirma, destacando que é fundamental que o aluno sinta que a tecnologia também deve fazer parte dos momentos de estudo.
“A ideia é realizar uma transformação cultural para que os estudantes entendam que a internet não é somente para o lazer, mas também deve estar inserida no contexto educacional”.
O profissional de educação lembra, ainda, que o lado socioemocional está diretamente ligado à aprendizagem da criança ou do jovem. “A escola em si precisa tomar muito cuidado com as emoções. Não adianta termos alunos que saibam como estudar, mas, emocionalmente, têm grandes dificuldades. É preciso, entre outras coisas, criar ações de empatia dentro de sala de aula. Isso também é uma estratégia para que o aluno aprenda melhor”, pontua.