A inclusão de abordagens sobre o novo coronavírus tem beneficiado diretamente professores e alunos, que trazem para a sala de aula – agora, virtual – discussões atuais e embasadas. De acordo com Fellipe Torres, gerente Editorial do Sistema GGE de Ensino, as inserções temáticas relativas à pandemia dialogam com as possibilidades apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“É importante estar conectado com o que está acontecendo no mundo. Os alunos estão dialogando com os acontecimentos da Covid-19, eles têm acesso a todo tipo de informação. Quando utilizamos determinado conhecimento que faz parte da realidade, ajudamos este aluno a entender como os assuntos que são ensinados na escola têm aplicações práticas”, reflete o gestor.
Um exemplo citado é a abordagem estabelecida ainda no Volume 3 da coleção Basis, em que, ao estudar grandezas diretamente proporcionais e inversamente proporcionais na Matemática, o aluno se depara com a possibilidade de aplicação prática dos dados da pandemia da Covid-19. No livro, o estudante tem a oportunidade de assimilar o conteúdo relacionando os números do coronavírus com algumas dessas grandezas, como uma que mostra que o número de casos de paciente com Covid é proporcional ao número de mortes; ou, ainda, outra que fala que o número de leitos disponíveis em uma cidade é inversamente proporcional ao número de pessoas infectadas.
“É um assunto que o estudante está ouvindo todos os dias, a toda hora, seja em casa ou na rua. A associação entre a grade curricular e temáticas contemporâneas o ajuda a compreender o conteúdo e a se informar sobre o que está ocorrendo no mundo”, reforça Fellipe.
Direcionamento pedagógico
A inserção de conteúdos temáticos sobre a pandemia é submetida com rigor às avaliações técnicas do corpo de autores do Sistema GGE de Ensino, como afirma o gerente-executivo, Leonardo Siqueira: “A equipe alinhada em sempre trazer novas perspectivas para o aluno e para os professores se soma ao fato de termos um modo de produzir as coleções que nos permite essas e outras adesões, que virão a somar aos materiais didáticos que fazemos“.
Fellipe Torres complementa que todo conteúdo precisa ter uma função pedagógica atestada por um corpo docente especializado, antes de ser colocado em prática. “Deixamos esse corpo docente à vontade para julgar se é necessário ou importante ter determinado tema no material. A nossa proposta não é encher os livros de informações e de notícias que não agreguem conteúdo ao aluno. Você não vai encontrar esse tipo de excesso”, garante o gerente editorial.
Autor e revisor técnico de Biologia nos livros do Sistema, Walter Pinto conta que, em sua atuação, busca trazer o aluno o mais próximo possível de informações que possuam respaldo científico.
“Uma grande preocupação na abordagem da pandemia é traduzir para os alunos informações que integrem o conhecimento científico. Muitas notícias que circulam nos meios de comunicação e nas redes sociais são baseadas em ‘achismos’ e no senso comum, mas é importante tratarmos sempre do ponto de vista da ciência”, afirma Walter.
“Se existe determinado aspecto que não seja científico, ele não é discutido no material. Nosso objetivo é sempre ir em busca de fontes confiáveis, de preferência que tenham sido publicadas e avaliadas por diversos profissionais daquele segmento”, explica.
Para o livro de Biologia 2, do 3º ano do Ensino Médio (Pré-Enem), o professor realizou a revisão de artigo científico listado entre os principais da plataforma acadêmica PubMed, da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
Outro aspecto importante na atuação dos profissionais envolvidos no processo é traduzir esse conhecimento em uma linguagem adequada para o nível de formação dos alunos e contemplar os objetivos de sala de aula.
“Artigos científicos, de maneira geral, trazem diversas peculiaridades que não são interessantes para o aluno do Ensino Médio, por exemplo. O excesso de informação pode acabar confundindo o aluno, então, nesse caso, existe um cuidado especial em levar conteúdos alinhados com a demanda dos vestibulares e que, também, dê apoio científico para a aplicação discursiva e persuasiva”, conclui o docente.
A proposta, segundo o gerente editorial, foi trabalhar temáticas que não estão suscetíveis a mudanças.
“Existem abordagens em Biologia, em Português, Produção Textual, que dialogam com a questão da pandemia. Utilizamos exemplos verídicos que tratam desse tema, mas não foi o nosso objetivo didatizar a pandemia, de modo a dar aula sobre o que aconteceu e quais foram os impactos, porque entendemos que há vários componentes desse fenômeno que mudam e que são muito flexíveis. Somente o tempo permite que esses fenômenos se sedimentem e que consigamos ter uma perspectiva mais bem definida e clara a respeito do que aconteceu”, conclui Torres.
Acompanhamento em todas as etapas
Além de destinar atenção especial aos materiais didáticos, o Sistema GGE de Ensino aproveitou o momento da pandemia para inovar, dando novo suporte à comunidade escolar como um todo. “Inicialmente, produzimos conteúdos que não eram necessariamente direcionados para os alunos, mas para as escolas parceiras, corpo docente, coordenadores, pais e todos que dialogam com o Sistema GGE de Ensino. Foi lançada uma série de podcasts abordando a questão da pandemia, da quarentena, do distanciamento social e dos impactos psicológicos e na educação, o que nos trouxe uma resposta muito positiva”, conta Fellipe Torres.
Ainda nesse primeiro momento, o Sistema de Ensino realizou lives sobre a interseção entre a educação e pandemia, abordando temas de interesse das escolas, como marketing de relacionamento, para melhorar essa relação com pais de alunos; inadimplência diante da crise provocada pela pandemia; os desafios educacionais do ano letivo em 2020 e a possibilidade de volta às aulas, entre outros.
Em outra ação, foram realizadas palestras para professores e coordenações de escolas parceiras, com o objetivo de qualificar as instituições para a vivência neste novo cenário. “Mais do que produzir conteúdos atrativos e tecnológicos, nos preocupamos com a formação dos professores diante deste cenário de adaptações. É importante cuidar da capacitação e do lado socioemocional desses profissionais“, conclui Leonardo Siqueira
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