Historicamente, a escola sempre valorizou o desenvolvimento cognitivo como sendo o objetivo principal do processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, a prioridade sempre esteve nas lições de matemática, português, história, geografia… Porém, a sala de aula tem se transformado e isso não está apenas relacionado ao uso de novas tecnologias. O ensino também está mudando e se adaptando.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) diz que a formação integral do indivíduo significa prepará-lo cognitivamente e emocionalmente, formando-o como indivíduo, profissional e cidadão. Isso inclui a capacidade de lidar com as próprias emoções, relacionar-se com o outro, capacidade de colaboração, mediação de conflitos, desenvolver autoconhecimento e solucionar problemas. Essas habilidades permitem, ainda, que o ser humano tome decisões de maneira responsável, demonstrando empatia e alcançando os objetivos.

A partir deste ano, as habilidades socioemocionais passaram, obrigatoriamente, a integrar o conteúdo tratado em sala de aula. O tema é mais conhecido como inteligência emocional. Na prática, trata-se de um conjunto de competências que expõe a capacidade do ser humano de aprender, reconhecer, avaliar e a gerir suas próprias emoções, e também, as alheias. É um aspecto bastante significativo na vida de uma pessoa, pois contribui de forma positiva para os relacionamentos intrapessoais (eu comigo mesmo) e interpessoais (eu com o outro), ou seja, promovendo o bem-estar pessoal e social. Em resumo, a inteligência emocional é a habilidade de conhecer e regular as próprias emoções de modo a agir assertivamente nas relações intra e interpessoais. É justamente o que pais e alunos precisam trabalhar neste momento de combate à Covid-19.

Assim como é importante o conhecimento das letras, é preciso também ensinar aos alunos como identificar as emoções. “Por meio desse conhecimento, as crianças poderão entender que todo sentimento e emoção são legítimos aos seres humanos e fazem parte do convívio social. Elas passarão a compreender que não é errado sentir raiva e aprenderão a lidar com esse sentimento”, detalha a gestora pedagógica do Colégio GGE, Nayana de Paiva.

A partir da compreensão dos sentimentos é possível oferecer repertórios de autorregulação, isto é, as crianças começam a entender o que fazer com o comportamento que surge a partir de uma emoção e, se esse comportamento não for adequado, quais são as maneiras de modificar essa emoção. O acolhimento, a escuta sem julgamentos e a empatia colaboram para que as crianças vivenciem suas emoções, principalmente, aquelas que normalmente são consideradas desconfortáveis (medo, raiva e tristeza), com dignidade e respeito. Além disso, é preciso ajudá-las na busca por “soluções de problemas”, diante da situação que causou uma possível desorganização emocional.

Estando o tempo inteiro em casa, a família também pode ajudar nesta construção. Através das vivências e situações espontâneas do dia a dia, podemos promover ensinamentos e, a partir daí, estimular autorreflexão com perguntas, como, por exemplo, “como você se sente?” ou “como você acha que o outro se sente?”, buscando por soluções de problemas. Essas são formas de aproximar a criança dos aspectos socioemocionais.

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6 respostas
    • adminsgens
      adminsgens says:

      Olá, Jermany! Tudo bem? Que bom que você gostou do conteúdo! O Sistema GGE de Ensino oferece todo suporte que a escola parceira precisa para desenvolver o conteúdo e apoio pedagógico. Você também pode sugerir outros assuntos para abordarmos. Obrigado pelo contato!

      Responder
  1. Maria das Graças Gonçalves Ramalho
    Maria das Graças Gonçalves Ramalho says:

    Amei o tema abordado, pois trata-se de excelente esclarecimento, que nos leva a uma reflexão maior no que refere a situação emocional que simultaneamente permeia entre alunos, pais e escola. Versando assim o novo sistema de ensino e captação do aprendizado frente ao novo sistema de aula “remota”.

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