O planejamento do ano letivo 2021 trouxe o enorme desafio da organização de um calendário onde, além das horas já obrigatoriamente atendidas, haja espaço para a inclusão de aulas extras ou de momentos onde os alunos poderão ter acesso a conteúdos de revisão. Essa preocupação se faz necessária pelo tempo em que os alunos ficaram com as aulas suspensas presencialmente devido as medidas de combate ao novo coronavírus.

Não existe uma regra e nem a obrigatoriedade dessas reposições. O ano de 2020 trouxe inúmeros desafios e cada instituição adotou um plano de ação de acordo com a realidade da escola. Então, neste início de 2021, cada escola deve, em um primeiro momento, identificar o nível de aprendizagem dos alunos no ano que encerrou.

Para isso, é importante a aplicação de avaliações diagnósticas dos estudantes para entender o nível de conhecimento e onde estão os maiores déficits de conteúdo. O plano de reposição deve ser montado a partir do resultado da avaliação diagnóstica e deve conter tudo que a avaliação sinalizar como necessário.

“Em cada série, temos conteúdos essenciais que não podem ser deixados de lado porque são pré-requisitos para os anos seguintes. Então, são assuntos que precisam ser vistos, revistos e, de fato, aprendidos. A sugestão é que as escolas atentem a isso e revisem esses conteúdos de forma paralela ao conteúdo de 2021. Com planejamento e sem sobrecarregar o aluno”, orienta o gestor pedagógico do Colégio GGE, Tayguara Veloso.

Uma das grandes dúvidas e receios das escolas é com relação ao momento de realização dessas reposições. De acordo com a gestora pedagógica do Colégio GGE, Anabelle Veloso, a reposição não precisa, necessariamente, ser no contraturno das aulas.

Para que o planejamento possa ser realizado da melhor forma e direcionado para as necessidades da instituição, além da avaliação de aprendizagem, deve ser adotado um conjunto de medidas que consigam captar opiniões de pais, alunos, profissionais e professores, entendendo a realidade e a demanda de cada um. Isso pode ser realizado por meio de pesquisas de satisfação, momentos de escutas e acolhidas que poderão nortear as principais necessidades da instituição.

Olhar individualmente para cada aluno será o grande diferencial das instituições que se destacarão nesse cenário de retomada das aulas presenciais. O foco precisa estar no aluno e na aprendizagem. O cumprimento dos conteúdos programáticos precisa estar em segundo plano, nesse momento”, afirma Anabelle Veloso.

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