Enquanto algumas crianças já retornaram às atividades presenciais, outras ainda acompanham a escola de casa, sentadas diante do computador. É assim que começa o dia e, muitas vezes, termina sem grandes alterações na rotina. Privadas de uma programação mais livre, com corridas no parque, passeios de bicicleta pelas ruas e até brincadeiras na área de lazer do condomínio, é frequente ouvir pais que se queixam do sono desregulado dos filhos e também da falta de disposição para o estudo.
“Algumas crianças passam o dia assistindo televisão ou acompanhando as aulas de casa. Quem pensa que tecnologia não cansa, está enganado. A atividade cerebral é excessiva e, sem válvula de escape, como a atividade física, o sono é afetado e o humor, então, nem se fala!”, afirma Fabiano Souza, coordenador de esportes do Colégio GGE.
Mas não é apenas na qualidade do sono e no humor que a ausência de atividade física provoca impactos negativos. Um estudo recente, realizado por neurocientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostrou que alunos praticantes de exercício físico regular apresentaram até 20% a mais de chances de se dar bem em atividades do dia a dia escolar do que alunos sedentários.
“Pratico judô há seis anos no colégio. É um esporte que me identifico muito. A participação nos treinos e competições melhora bastante minha concentração no desempenho de atividades, inclusive nos estudos. O judô me ajudou muito a ampliar o raciocínio, percepção e organização. Aplico tudo isso no meu cotidiano para atingir meus objetivos e chegar nas minhas conquistas”, conta Fábio Melo (foto), aluno do 6º ano do Colégio GGE.
De acordo com o coordenador esportivo, o relato de Fábio é totalmente fundamentado. “Exercícios físicos estimulam a produção de hormônios e neurotransmissores naturais ligados ao bem estar, como endorfinas, serotonina, dopamina e outros. Outro fator impactado – estudos dão ênfase aos exercícios aeróbicos – é a neurogênese (formação de novos neurônios), que repercute positivamente na memória e aprendizagem. Através da plasticidade das sinapses cerebrais, das conexões que os neurônios têm uns com os outros, é que a cognição melhora e a velocidade de processamento e execução de pensamentos também”, explica Fabiano.
Muito se fala sobre os prejuízos de uma vida sedentária, mas a pedida do momento é reforçar a conscientização entre pais e comunidade escolar sobre a importância da prática de atividade física regular como impulsionadora de excelentes benefícios para a saúde de crianças e adolescentes. Melhorar o desenvolvimento cerebral e o nível de aprendizagem dos alunos é algo que pode, e deve, ser estimulado na escola através dos esportes, das aulas de educação física e, quando necessário, de treinos adaptados para o ambiente de casa.
Exercícios físicos para praticar em casa
Para encorajar alunos na prática de exercícios físicos em casa, Davy Daher, gestor de esportes do Colégio GGE, preparou dois planos de treino (A e B) fáceis, divertidos e bastante eficazes no estímulo das funções cognitivas e combate ao sedentarismo. Dê play no vídeo e confira!
Vamos interagir?
Gostou do treino? Conta pra gente! E diante do cenário pandêmico, com parte dos alunos em aulas presenciais e outro percentual em ensino remoto, como a sua escola tem estimulado o movimento de crianças e adolescentes, levando em consideração as limitações do momento? Escreve nos comentários!
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