Especialista fala dos avanços, desafios e melhorias da tecnologia no ambiente escolar

Você certamente já deve ter ouvido falar no uso da Inteligência Artificial (IA) no dia a dia das pessoas. Mas pensar em sua aplicabilidade na educação, por exemplo, ainda é desafiador para as instituições e os alunos. Se usada dentro de um ambiente controlado, a verdade é que a IA pode trazer uma série de benefícios para o desenvolvimento dos envolvidos. 

Tema recente nas rodas de conversa, o uso da tecnologia na sala de aula ainda é uma incógnita ou alvo de muitos debates, sobretudo depois das aulas online durante a pandemia da Covid-19. Mas, diferentemente do uso das tecnologias durante o isolamento, a IA pode transformar o ambiente escolar para melhor. 

O professor, designer e gestor educacional da Goon – parceiro do Sistema GGE, Pedro Simas, diz que a adoção de ferramentas de IA pode impulsionar a personalização, o acompanhamento de dados de aprendizagem, o gerenciamento de indicadores e objetivos da instituição e dos próprios estudantes, além de permitir a automação de tarefas repetitivas. 

Na análise dele, isso pode proporcionar aos profissionais de educação e aos estudantes mais tempo de qualidade para desenvolver habilidades relacionais, emocionais e para agir de forma colaborativa durante as rotinas de aprendizagem.

“Vale salientar que apenas o uso de artefatos não garante melhorias na gestão educacional e nos processos pedagógicos”, disse. 

Ele complementou ainda dizendo que, além do uso em si da IA, fomentar a cultura digital e compreender que ferramentas utilizadas sem ajuste a contextos específicos podem não resolver problemas relevantes nem compartilhar valor com as pessoas envolvidas.

“É fundamental considerar, antes de tudo, que nosso papel diante da IA seja o de copilotos, de tomadores de decisão que empregam habilidades humanas em conjunto com habilidades das máquinas”, detalhou. 

Por isso, na análise dele, é tão importante estar atentos também às lacunas que a Inteligência pode criar entre as escolas que oferecem a tecnologia e as que não disponibilizam as ferramentas.

“Existe uma reflexão que ilustra bem isso, do escritor de ficção científica William Gibson: ‘o futuro já chegou. Só não está uniformemente distribuído’. Essa dificuldade no acesso à tecnologia gera disparidades históricas de condições para países, regiões, estados e também instituições de educação formal”. 

Por outro lado, a IA é uma ferramenta interessante para servir de meio para o desenvolvimento das habilidades em estudantes.

“Artefatos digitais orientados por IA generativa podem cumprir papéis importantes como recursos didáticos e objetos de aprendizagem, facilitando o desenvolvimento de habilidades, sendo capaz de aprender conosco (falo em aprendizagem de máquina, Machine Learning) e também é acessível, já que em grande parte adota linguagem natural, sem que precisemos criar ou redigir comandos complexos (programação)”, pontuou. 

À medida que avançamos na interação com essas máquinas, emergem novas oportunidades em campos correlacionados, como, por exemplo, a criatividade, o raciocínio lógico, análise de dados, empatia e inteligência emocional. 

Já para os professores, os recursos orientados por inteligência artificial generativa são facilitadores de aprendizagem e podem beneficiar diversos aspectos desse processo,

“começando por potencializar a capacidade de conhecer o contexto dos estudantes, por meio de processos diagnósticos de avaliação e até mesmo realizar feedbacks personalizados”, garantiu Simas. 

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