Mais um ano letivo chega ao fim e, se para alguns alunos dezembro é sinônimo de lazer e diversão, para outros não é bem assim. As provas de recuperação podem adiar planos e frustrar vontades de crianças e adolescentes, aspectos que precisam ser trabalhados na escola e também dentro de casa. É o “temido” período de recuperação, quando a expectativa por brincadeiras é trocada pela necessidade de ter que estudar um pouco mais. Além da ansiedade de não saber se, finalmente, vai conseguir aprovação para a série seguinte.
Para lidar com alunos em recuperação, listamos 4 dicas que vão ajudar a escola no apoio aos estudantes e familiares, principalmente quando o assunto é vivenciar essa experiência com mais naturalidade e otimismo. Confira:
1. Gerenciar a frustração e incentivar o estudo
É importante que a família gerencie a frustração. Não adianta exigir, de uma só vez, todo o resultado que deveria ter sido constante e contínuo ao longo do ano. Aproveite o momento para reforçar a conscientização sobre a importância do acompanhamento próximo e presença da família na escola.
Lembre aos pais que a cobrança exagerada, em período onde o estresse já é comum, só vai piorar as coisas e fazer com que o aluno se sinta ainda mais pressionado e desmotivado. Acolhimento e compreensão são palavras de ordem. É preciso dar a volta por cima, colocar a frustração de lado e incentivar os estudos. É com o apoio da família que o aluno vai conseguir superar os desafios com maior facilidade.
“Os pais devem lembrar que, além da ajuda nas disciplinas, o apoio emocional é essencial. A fala encorajadora não pode faltar neste período, pois é através da motivação que o aluno vai sentir capaz de superar este momento, confiante no resultado positivo. Os pais precisam demonstrar que estão com o filho neste momento, que em nenhuma fase difícil ele estará sozinho, e sempre lembrar que se ele for organizado, determinado e traçar a aprovação como uma meta a ser alcançada, ele conseguirá superar este e vários desafios da vida”, acrescenta a psicóloga do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica do Colégio GGE (SOEP), Liliane Nascimento.
2. Estabelecer novas regras e horários
O conteúdo a ser revisitado em fase de recuperação já não tem a mesma flexibilidade quanto ao aprendido ao longo dos bimestres, com tempo de sobra para revisão. Aqui, o foco tem que ser primordial. Portanto, estabelecer horários dedicados, exclusivamente, aos estudos é um passo para o sucesso da revisão escolar.
Outra dica importante é orientar os pais para que definam, além das regras do filho ou filha em recuperação, permissões e limites para os demais membros da família. É válido envolver todos no processo, durante este período. Assim, a criança ou adolescente sentirá apoio e entenderá que há horário adequado para assistir televisão, brincar ou, simplesmente, manter o foco e a concentração.
3. Elaborar um plano de estudos
Para ajudar na revisão do aluno em recuperação, a escola tem um papel fundamental. É o plano de estudos, uma ferramenta elaborada junto à equipe pedagógica, cujo objetivo é facilitar a revisão a partir de prioridades. A gestão do tempo é um dos pontos fortes deste trabalho.
A escola que consegue oferecer este suporte reforça o processo ensino-aprendizagem e fortalece ainda mais o vínculo entre aluno e instituição.
4. Desmistificar a Recuperação Escolar
É importante que tanto os alunos como os pais tenham em mente que a recuperação faz parte do calendário escolar e não é algo ruim. Na verdade, é mais uma oportunidade para rever o conteúdo já estudado e garantir melhor aproveitamento em determinada disciplina.
A escola deve ressaltar a importância da dedicação ao estudo durante todo o ano letivo e, consequentemente, estimular o acúmulo de médias positivas nos semestres, mas precisa estabelecer também um diálogo claro sobre as dificuldades do aluno e destacar todas as possibilidades de recuperação ao seu alcance.
“Tem que ter muito diálogo entre a família e a escola, e não apenas no final do ano. Todos precisam estar alinhados sobre o panorama de notas do estudante, sobre as dificuldades que o aluno está sentido em determinada disciplina ou método de estudo, e oportunidades de recuperação”, complementa Liliane.
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