Entre elas, estão as chamadas ferramentas de acompanhamento, que oferecem, ao longo do ano, informações sobre a evolução pedagógica e formativa dos alunos, de maneira individual ou coletiva (com visões comparativas por turma e unidades). Diagnósticos deste tipo ajudam professores e coordenação a identificar as intervenções pedagógicas necessárias e a traçar estratégias de ensino mais eficientes. Com base nos indicadores apontados pelas ferramentas de acompanhamento pedagógico e formativo, o professor pode, por exemplo, testar formas de trabalhar o conteúdo e ver quais combinam mais com cada turma.
“A escola procura realizar um acompanhamento da evolução do aluno durante o seu ciclo escolar, entendendo como possíveis dificuldades podem estar presentes na sua dinâmica em sala de aula. Desta forma, o índice da nota representa apenas um dos possíveis indicadores para tentarmos identificar o perfil do aluno com relação ao seu rendimento. Tendo posse de informações relacionadas ao comportamento, assiduidade, dentre outros dados, a escola procura traçar estratégias em que o aluno seja um agente no seu aprendizado”, afirma a psicóloga do Ensino Médio da unidade GGE Boa Viagem, Thaís Oliveira.
O acompanhamento do rendimento da turma precisa ser constante, afinal, para que haja um aproveitamento do material didático, por exemplo, é fundamental entender quais são as lacunas de aprendizado dos alunos e traçar estratégias para que elas sejam superadas. Se os alunos possuírem as ferramentas certas, poderão melhorar seu desempenho e atingir níveis muitas vezes surpreendentes.
O Sistema GGE de Ensino oferece para suas escolas parceiras o Exame de Verificação de Aprendizagem (EVA), ferramenta disponível em sua plataforma de gestão pedagógica 370º – V4. Trata-se de uma avaliação desenvolvida por uma banca de professores do Sistema GGE de Ensino e aplicada a todos os alunos, com base nos exercícios do material didático. Os resultados são enviados aos pais e alunos junto a um plano de estudos individual, com indicação de que pontos devem ser melhorados em cada disciplina e o que deve ser focado para impulsionar o aprendizado, incluindo a disponibilização de vídeos com a correção das questões em que o aluno apresentou dificuldade.
A elaboração dos planos de estudos é também uma das ações do projeto ReaGGE, desenvolvido pelo Colégio GGE com foco nos alunos do Ensino Fundamental 2 que apresentaram dificuldades pedagógicas e comportamentais no primeiro semestre. O projeto prevê ações práticas e motivacionais que auxiliam o aluno na recuperação das notas e estimulam a criação de um hábito de estudos, com a disciplina necessária para atingir seus objetivos. O ReaGGE é dividido em dois grupos de atendimento. O primeiro contempla alunos do 6º e 7º anos que fazem parte de um determinado grupo focal. Esses estudantes são convidados a conversar individualmente com a coordenação formativa, na presença dos pais, para desenvolver um plano de estudos personalizado e receber orientações sobre como manter a disciplina e o comportamento necessários para cumprirem a rotina escolar.
Segundo o supervisor pedagógico do Colégio GGE José Veiga de Lira Neto
“É fundamental construir o plano de estudo junto com o aluno e seus familiares. O estudante que tira notas baixas é o que não tem uma rotina de estudos definida. Quando chega próximo das provas, ele não vai mais se lembrar da matéria e a ansiedade aumenta. Por isso, é fundamental uma rotina diária de estudos”, orienta.
Já no segundo grupo do ReaGGE, os estudantes do 8º e 9º anos participam de um encontro no auditório, onde são realizadas ações motivacionais que buscam a construção de autonomia e força de vontade para os estudos. Também são promovidos debates e vivências, que contam com a presença de participantes de edições anteriores, dando depoimentos sobre a importância do projeto para a sua recuperação escolar.
“Temos ainda o AFA (Acompanhamento Formativo do Aluno), por meio do qual os professores acompanham diariamente diversos critérios comportamentais, e avaliam cada aluno, tanto positivamente quanto negativamente. Essas informações são enviadas todos os dias aos pais. Então, é mais uma forma de se identificar algum problema que esteja afetando o rendimento do aluno”, detalha Veiga.
Além da sala de aula
Estudos comprovam que o nosso cérebro funciona melhor quando é constantemente estimulado. Por isso, outra estratégia que pode ser adotada pelos docentes são as atividades externas e práticas, que prendem a atenção e instigam o pensamento dos alunos. Atividades diferenciadas são interessantes para dar contexto ao que foi aprendido em sala de aula, além de serem úteis para desenvolver e fortalecer as competências socioemocionais dos alunos.
De acordo com a psicóloga Liliane Nascimento, na escola, independentemente da série em que o estudante se encontra, os professores são orientados a convidá-los para uma participação mais intensa em sala, por meio de exemplo e monitoramento. A proposta é promover aulas dinâmicas, que estimulem o trabalho em equipe de forma lúdica. Outra possibilidade é estimular o engajamento dos alunos em oficinas, projetos pedagógicos e plantões de dúvida para reforço escolar.
“Em todas as fases, o aluno é orientado para cumprir a rotina estabelecida no plano de estudos, realização de tarefas e participação nas aulas de forma ativa. Na família, orientamos aos responsáveis sobre a importância de acompanhar seus filhos com a rotina que foi passada para o contraturno, assim como a realização de tarefas e, quando necessário, assistir os filhos com profissionais específicos para sanar alguma lacuna que atravesse seu desenvolvimento pedagógico e/ou emocional.”, explica Liliane.
Apoio no contraturno
Disponibilizar projetos que deem mais segurança ao aluno, mesmo quando ele não está no horário da aula, também é uma forma de ajudá-lo a melhorar seu desempenho escolar. Neste sentido, o Colégio GGE oferece projetos direcionados ao desenvolvimento do aluno em algumas disciplinas, como é o caso da Oficina de Redação.
Voltados para os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental 2, as atividades da Oficina de Redação têm o objetivo de estimular a produção textual e sanar as dificuldades dos estudantes. O projeto acontece no contraturno das aulas, e os professores de redação indicam quais alunos devem participar, de acordo com o desempenho deles no RediGGE, concurso mensal de redações com temas específicos e correção com base nos critérios do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Outro projeto que merece destaque é o ReforçaGGE (Ensino Fundamental 2), que oferece aulas extras, no contraturno, com professores de disciplinas fundamentais. Por meio do ReforçaGGE, os alunos têm a oportunidade de tirar dúvidas e exercitar os conteúdos que já estão sendo vivenciados em sala de aula e que podem ser trabalhados de maneira reforçada para garantir a melhor compreensão dos assuntos abordados.
“Temos também o plantão de dúvidas, voltado para os alunos do Ensino Médio, Pré-Enem e Pré-Medicina, que disponibiliza no contra turno professores e monitores nas salas de estudos das unidades para tirar dúvidas relacionadas às disciplinadas de Matemática, Física, Química, Biologia e Redação / Produção Textual”, explica o supervisor pedagógico do Colégio GGE José Veiga de Lira Neto.
Apoio a todo instante
Em caso de o aluno ser reprovado ou precisar ser submetido ao conselho, o acolhimento se torna ainda mais necessário. É o momento em que é preciso trabalhar a autoestima e o psicológico do estudante para que ele entenda que, se desejar, conseguirá recuperar o seu desempenho escolar. Por isso, no GGE, estes alunos são acolhidos pelo projeto Recomeçar, que tem como objetivo principal levantar a autoestima deles, estimulando o interesse pelos estudos novamente.
Neste momento, a equipe pedagógica desenvolve dinâmicas de acolhimento, que vão desde o apoio até a orientação necessária para melhorar a conduta dos estudantes para não deixarem que o medo seja maior do que a vontade de fazer diferente.
E, vale ressaltar, independentemente do momento pelo qual o aluno esteja passando, em todo o processo de aprendizagem, os docentes e a equipe pedagógica precisam contar com o apoio da família. A parceria entre família e escola é fundamental para o desempenho escolar dos estudantes. Essa proximidade, além de oferecer segurança para crianças e jovens, garante que o colégio entenda onde estão os pontos de dispersão e, por outro lado, auxilia no acompanhamento das estratégias traçadas, de maneira a garantir que estejam sendo cumpridas fora do ambiente escolar. Uma relação de cumplicidade entre escola e família só traz resultados positivos para o aluno.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!