Embora seja essencial entender sobre educação financeira independentemente da idade, ter contato com esse assunto desde cedo pode ser ainda mais benéfico. Isso porque será possível, entre outros pontos, saber efetuar porcentagens e entender o “valor” das coisas – no sentido de relacionar o preço do produto adquirido e o tempo e a energia necessários para essa aquisição -, desenvolvendo senso crítico e autonomia. Da mesma forma, ensinar crianças e jovens sobre empreendedorismo também pode ajudar nesse aspecto, uma vez que é preciso ter autonomia para seguir em frente com uma ideia. Assim como na escola, na vida, as duas disciplinas também estão entrelaçadas, afinal, para visualizar como dar o próximo passo, o futuro empreendedor precisará, entre outras coisas, saber lidar com dinheiro.

“Primordialmente, é importante que as crianças e jovens saibam o real “valor” das coisas, para que deem a devida importância às conquistas. Além disso, é fundamental saber efetuar percentuais comuns no dia a dia, tanto no contexto de descontos, como em acréscimos. Isso será útil não só para que evitemos sermos ludibriados com falsas promoções, mas também para efetuar melhores compras em aplicativos, melhor utilização de cupons de descontos ou escolher a melhor quantidade de parcelas”, afirma o professor e analista de Matemática do Colégio GGE, Hugo Rioli.

Para ensinar jovens sobre empreendedorismo, Hugo acredita que é preciso fazer com que eles tenham em mente que há lugar no mundo para os sonhos deles e que sempre há alguém ou algum lugar que precisa de determinada ideia.

“Ao ensinarmos sobre empreendedorismo em sala de aula, eles aprendem sobre determinação e organização, e que essa organização precisa de muita cautela e atenção, muita honestidade consigo e perseverança, além, é claro, de saber fazer algumas contas básicas para gastar menos e lucrar mais”, pontua,

destacando que o material do Sistema GGE de Ensino inclui abordagens diretas sobre aplicação de porcentagem (descontos e acréscimos) e juros simples.

Para trabalhar o empreendedorismo dentro de sala de aula, entretanto, Hugo avalia que crianças e jovens precisam ter sua segurança e autoestima bem trabalhadas, para que acreditem no próprio potencial e tenham motivação para arriscar empreender.

“Sem esse trabalho socioemocional da escola, fica mais complicado encorajar o perfil empreendedor de quem não acredita em si mesmo. Só empreendemos se acreditamos nas nossas ideias. Depois disso, é colocar a ideia no papel e a educação financeira em prática”.

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