As ações de uma escola sempre estiveram pautadas e articuladas em quatros áreas: pedagógica, administrativa, financeira e de recursos humanos. Nada disso deve ser deixado de lado, mas, a pandemia da Covid-19 mostrou que um dos maiores desafios da gestão escolar da atualidade é reconhecer que a educação vive em constante metamorfose e que as tecnologias se tornaram parte do processo, incrementando o desenvolvimento do ensino-aprendizagem.

As mudanças de comportamento da sociedade e os velhos desafios da rotina administrativa escolar exigem novas posturas de gerenciamento, com uma gestão democrática, o que inclui uma escuta ativa e adoção de processos que envolvam pessoas. O elo entre todos esses segmentos está no gestor, que é o responsável por fazer a articulação, traçar metas, ouvir as demandas, identificar os pontos fracos e fortes e dar as condições necessárias para que os objetivos sejam alcançados.

É desse gestor a missão de conhecer cada uma dessas áreas e, ainda, não descuidar dos problemas que já fazem parte da rotina administrativa da instituição, deixando a escola mais próxima da comunidade escolar como um todo. É por isso que hoje, quando o mundo enfrenta uma pandemia que exigiu o isolamento social, ficou ainda mais claro que, assim como em qualquer cargo de gerenciamento, gerir uma escola não significa apenas o monitoramento de ações e de números dentro de uma sala. É preciso entender de perto os processos, as pessoas e as transformações pelas quais o negócio está passando.

Ficou muito claro com a pandemia que tudo gira em torno das pessoas e para as pessoas. Com a possibilidade do isolamento, fomos obrigados a desacelerar e aí refletimos e buscamos um novo significado para a nossa vida. Assim, surgiu a pergunta: qual nosso propósito? Essa reflexão cabe para as empresas, gestores e lideranças. É preciso entender que o líder trabalha para a sua equipe. O organograma atual é o invertido. Antes, a liderança estava no topo da pirâmide. Hoje, consideramos que a liderança precisa trabalhar para todos os componentes da equipe. Precisa deixá-los satisfeitos, à vontade e precisamos dar estrutura para que eles possam trabalhar e ser mais eficientes. Então, houve uma mudança de conceitos e paradigmas”, avalia o gestor pedagógico do Colégio GGE, Tayguara Velozo.

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O fato é que, com a pandemia, muitas coisas mudaram, desafios foram impostos a todos os profissionais e entender como cada um está lidando com as novas demandas é extremamente importante do ponto de vista de produtividade e também do ponto de vista da saúde mental de cada colaborador.

Além desse cuidado com as pessoas, todas as instituições de ensino, com a prática do ensino remoto, foram postas em cheque e, por isso, revisitar o propósito institucional, juntamente com seus colaboradores, se faz sempre necessário.

A modernidade e a demanda da atualização no processo educacional chegou de forma urgente e impositiva e estará desatualizada qualquer instituição que não repensar e não revisitar seus propósitos, projetos e planejamentos”, alerta a gestora pedagógica do Colégio GGE, Anabelle Veloso.

É importante ressaltar que a gestão escolar precisa ser eficiente no sentido de entender e fazer com que os processos já existentes consigam ter continuidade, mesmo com o distanciamento. Agora, no momento em que o ensino híbrido ganha forma, é preciso treinar a equipe de forma efetiva, mostrando que é possível mudar o escopo dos processos diante das adversidades, mas, sem perder o objetivo pedagógico que foi traçado.

Os planos podem ser adaptados desde que sejam divididos com as pessoas. Se adaptar à realidade é extremamente importante e, para isso, é preciso: treinamento da equipe, mudar o escopo quando for necessário e auditar que processos estão sendo aplicados da forma como foi estabelecida”, pontua Leonardo Siqueira, gerente executivo do Sistema GGE de Ensino.

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