2020 foi um ano de desafios e transformações em todo o mundo. Para o setor de Educação este pode ser considerado um grande divisor de águas. As escolas tiveram que a todo instante se adaptar e se reinventar. Em seis meses, o modelo de ensino passou do presencial para o remoto e, em seguida, para o híbrido. Tudo isso na velocidade que o combate à pandemia exige e com as adaptações sendo realizadas com os projetos em curso. Não foi um ano fácil e todos estão com muitos aprendizados, mas também com sequelas que precisam ser tratadas antes de iniciar o novo ano letivo. É este o grande desafio do gestor das escolas ao se preparar para receber os professores e coordenações no ensino presencial de 2021.
Segundo a pesquisa “Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil”, do Instituto Península, 88% dos professores nunca haviam ensinado à distância e a maioria reporta nível alto de ansiedade, preocupação com a saúde de suas famílias, além da sua própria saúde mental e física. Porém, hoje, meses depois o início da pandemia, 72% dos professores dizem ter a percepção de valorização da sua carreira pela sociedade. Mesmo assim, a pesquisa confirma ainda que eles continuam ansiosos (64%) e sobrecarregados (53%).
“A pandemia deixou muito claro o valor que tem que ser dado ao professor e que nenhuma tecnologia vai substituir isso. Então, com o retorno desses profissionais à escola é preciso acolhê-lo, escutá-lo e entender o professor como protagonista do processo educativo da escola. O Desafio mundial é como promover o engajamento dos alunos e, para isso, precisamos investir na formação do professor, entendendo as ferramentas do processo de aprendizagem”, comenta o gestor pedagógico do Colégio GGE, Tayguara Velozo.
É importante pontuar que a motivação da equipe para o ano de 2021, depois de todas as dificuldades enfrentadas em 2020, depende da percepção que eles terão da escola em relação à organização, ao planejamento e às boas perspectivas vindas da administração escolar.
Assim, é fundamental que exista uma análise de tudo o que foi realizado durante o ano letivo, elencando pontos positivos e negativos e que, nessa análise, sejam exaltados os diferenciais da equipe e a importância de cada um dentro do que deu certo. Esse reconhecimento é muito motivador para o profissional.
“Demonstrar organização e planejamento representa uma solidez institucional e isso gera motivação da equipe, pois passa a certeza de que a empresa sabe aonde quer chegar e como chegar. Também é essencial que a direção da escola possa expor o planejamento para o próximo ano. Após um ano de tantas incertezas, saber que os líderes têm boas perspectivas e sabem como seguir em frente traz muita segurança e é também um grande combustível para o trabalho dos colaboradores”, explica a gestora do Colégio GGE, Anabelle Veloso.
Nesse processo de planejamento do próximo ano letivo, os gestores também devem realizar uma pesquisa com os professores para entender como está o emocional daquele profissional, quais são os anseios e preocupações para o próximo ano e quais as sugestões e contribuições que ele pode oferecer ao projeto que a escola quer implantar.
“Com essa pesquisa, o gestor pode entender, ajustar e gerar o engajamento. As escolas precisam saber quem é o seu corpo docente e quais as limitações que ele sofre no modelo remoto e no presencial. Esse levantamento é importante para todas as etapas do planejamento”, alerta o gestor de projetos educacionais do Colégio GGE, Pedro Simas. Como exemplo, o especialista cita a composição dos horários de aulas e as cargas que cada professor pode ter.
“Conhecendo o momento que aquele professor passa dentro e fora da escola é possível saber se a instituição pode contar com ele nos dois formatos ou apenas em um, quantas vezes na semana, por quantas horas… 2020 foi um ano de trauma e, antes de tudo, é preciso entender o que aquele profissional está enfrentando”, orienta.
Além da pesquisa, esse acolhimento no retorno às aulas presenciais também deve incluir encontros que tratem o emocional dos profissionais. “Temos que estar sempre muito próximos no sentido de acolher perdas, preocupações, de ouvir os problemas e os medos. Tem de haver o acolhimento no sentido pessoal de entender que ali, além do profissional, está o ser humano”, enfatiza a gestora de Recursos Humanos do Colégio GGE, Paula Freitas Lins.
Segundo a gestora de RH, esta acolhida também deve passar a segurança sobre os protocolos e processos sanitários e de distanciamento social. “Então, são dois momentos: um acolhimento envolvendo as questões físicas de procedimentos reais, que passam a segurança que todos precisam, e o acolhimento pessoal, de entender o momento que aquela pessoa está enfrentando”, detalha.
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