O Ensino Médio está passando por diversas alterações. As mudanças são para adequação do currículo educacional à Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ampliou o tempo mínimo do estudante na escola e definiu uma nova organização curricular. Desta forma, os alunos devem migrar para o Novo Ensino Médio de maneira gradativa e a partir da série inicial do segmento de ensino, tendo como base as premissas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Mas, na prática, o que a escola precisa fazer para se adequar ao Novo Ensino Médio?
Antes de tudo, é preciso entender que o ano de 2021 pode ser considerado o ano do planejamento. Ao longo destes 365 dias, as escolas podem se organizar para aplicar todas as mudanças previstas. O prazo final para implementação da carga horária mínima é 2022, quando as adequações devem estar prontas para o início do ano letivo. Então, neste momento, planejar é a palavra de ordem para gestores e diretores.
Dentro das discussões acerca do tema, um dos principais pontos é buscar desenvolver projetos que tenham como objetivo principal estabelecer um ensino que considere os interesses dos jovens diante das novas demandas do mundo contemporâneo, sempre buscando alinhar conteúdos práticos e teóricos. De acordo com a secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação no Estado, professora Ana Selva, os pontos norteadores desse momento são: a formação integral do estudante, desenvolvimento de autonomia, respeito aos direitos humanos, sustentabilidade ambiental, indissociabilidade entre teoria e prática no processo ensino-aprendizagem, entre outros.
Em outras palavras, a proposta do Novo Ensino Médio é aliar as competências gerais estabelecidas na BNCC às aprendizagens essenciais e aos itinerários formativos específicos para essa etapa da vida escolar.
“A reforma do Ensino Médio é no sentido de atender as demandas dos jovens. Não apenas olhar para o cognitivo, mas também para o socioemocional e para a formação integral do estudante. Os itinerários formativos devem tratar de temas contemporâneos e transversais, que estão na BNCC e vão dialogar com esses pontos norteadores buscando o interesse por parte dos estudantes”, ressaltou a professora durante live promovida pelo Sistema GGE de Ensino que debateu os desafios da implantação do Novo Ensino Médio.
Assista aqui a live completa com Ana Selva na Formação Pedagógica 2021.1
Com este propósito, a cada ano, a escola vai se aperfeiçoando na composição dos itinerários formativos, das trilhas e dos projetos de vida a serem desenvolvidos.
“A grande preocupação é tirar mais do conteúdo e trabalhar mais a eficiência e a qualidade que está sendo ministrada, trazendo o socioemocional para dentro dos conteúdos e também a mudança na forma de ensinar e aprender. O objetivo é que os alunos entendam e saibam como aplicar a teoria e que isso faça sentido para a vida deles”, explica o gerente-executivo do Sistema GGE de Ensino, Leonardo Siqueira.
Pela proposta do Novo Ensino Médio, os estudantes poderão escolher se aprofundarem naquilo que mais se identificam, e também com o que está relacionado a sua realidade e aos seus talentos. Assim, neste momento, o papel da escola é tentar entender quais são os anseios do aluno.
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